terça-feira, 4 de agosto de 2009

Bringing sexy back

Bastante tempo depois da minha última postagem, decidi reativar meu blog e dar meu nome a ele. Não tenho vocação pro anonimato. Mesmo que ninguém leia, sempre vou saber que em algum servidor do mundo, residem palavras minhas que de alguma forma substituem um frasco de Prozac.
Retomo meu tarja-preta com minha mais nova crônica. Escrevi ontem mesmo. Tava lendo um livro da Fernanda Young (inexprimivelmente perfeita) e ela me inspirou a escrever uma carta. O destinatário provavelmente nunca vai chegar a ler, mas na verdade, tanto faz. Acho que algumas palavras foram feitas para serem escritas, apenas.


Carta para o ex namorado

Você se foi, né? Tantos planos, tantas vitórias e derrotas, tantos "pra sempres". Acabou. Uma pena. Não que eu tenha algum ressentimento disso, não mesmo. Acho que realmente já tínhamos usado até a última gota de sei lá o quê que nos mantinha juntos e realmente não dava mais. Mas, apesar de termos brigado um pouco feio, sinto sua falta. Sim, eu sinto sua falta mesmo, não preciso ter medo de falar isso, mesmo sabendo que não trago mais bons significados pra você e que talvez hoje você até me odeie ou despreze. Você sabe que apesar de leonino, orgulho nem sempre é o meu forte. Sinto falta do que eu tinha quando você estava comigo. Não sei se é bem falta. Creio que seja mais uma pequena crise de abstinência. 14 meses, né? Senti muita coisa nesse tempo todo, jamais poderia negar. Acho que é disso que sinto a falta. Desses sentimentos que só você me fazia sentir e só você vai me fazer sentir pra sempre. Porque, você sabe, né? cada pessoa no mundo faz a outra sentir de uma forma diferente. Você me fazia sentir bem. Mal às vezes. Muitas vezes. Chorei baixinho por sua causa incontáveis vezes, mesmo que tenha me feito de durão e dito que não choro de amor. Acho que nos fizemos sofrer muito mais do que merecíamos. Traímos, fomos traídos... Pra quê? Acho que foi porque nossos 21 anos ainda não nos ensinaram que o ego nem sempre é o mais importante quando se quer ter outro alguém do nosso lado. Deve ter sido por isso, não sei.
Eu só queria te dizer com essa carta, que te amo ainda. Não como amei um dia, mas amo. Apesar de, como diria Lispector. Amo o que você foi, o que fomos, tudo o que você trouxe de bom pra mim. O que trouxe de mal também. Até porque, é disso que sou feito hoje, do que as pessoas me trouxeram de ruim e de bom. Sinto muitíssimo que você não me goste mais. É realmente uma pena. Não sei se te quero por perto por hora, mas sei lá, fechar a porta assim me parece tão feio e tão eterno.
Espero que você seja muito feliz, muito mesmo. Espero que seja feliz em voce como sou feliz em mim. É uma sensação única que eu realmente te desejo. Espero também que encontre um novo amor que seja o que não pude ser. Essa esperança é meio complexa, porque sinto um pouco de ciume ainda e sempre vou sentir, mas espero mesmo assim. Quero muito também que você emagreça e fique com o corpo perfeito como sempre quis, mesmo que eu ache você muito mais bonito assim, fortinho. Espero que você fique cada dia mais lindo e que eu me orgulhe em dizer pra todo mundo que um dia fomos namorados. Quero que um dia você também sinta esse orgulho besta, se por acaso um dia seu ressentimento passar. Outra coisa que quero muito é ver uma novela sua na televisão. Eu te prometo que vou assistir todos os dias, ok?
Bem, é isso. Acho que já falei tudo o que eu queria. Talvez voce nem leia essa carta, mas tudo bem. Acho que você deve sentir isso tudo o que eu disse. Sempre tivemos uma conexão boa, apesar de não aproveitar muito isso. Fica bem, tá?
Um grande beijo,
Maxi Brant.

PS: Não foi um filho que nasceu morto. Foi um filho que nasceu, criou suas asas, voou e foi ser feliz, como ele sempre mereceu.